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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ÉRICA ZINGANO

( Ceará – Brasil )

 

É poeta e também trabalha com artes visuais e performance. Concluiu o Curso de Dramaturgia do Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura e se formou em Letras (Português, Francês) pela UFC, com mestrado em Estudos Portugueses pela USP. Atualmente, faz um doutorado – com ênfase em Lit. Bras. Contemporânea – no PPG-Letras da UFC, ligada à linha de pesquisa "Tradição e Inovação".

Site: https://www.instagram.com/pagodepagu/?hl=en  

 

POETAS DE HOJE EM DIA(NTE).  Org. Priscila Lopes e Aline Gallina.  Florianópolis: Letras Conntemporâneas, 2009.   157 p.                    Ex. bib. Antonio Miranda

 

 

inventário de semelhanças

esta cabeça estes pés estas
mãos onde ponho os olhos, ao passar
de dedos pêlos corpo: nua leitura de passados
(tudo repete os de antes, nos que vieram
depois)

— não somos mais do que um simples conjunto de nomes, traços
em diferença

este livro estas páginas estas
letras onde ponho os olhos, ao passar
de dos pêlos corpo: nua leitura de escritas
(tudo repete os de antes, nos que vieram
depois

— não somos mais do que um simples conjunto de signos,
signatários
da diferença



obscenações (reimpressas)

de cim´abaixo,
sem interditos pára

— até aqui?

porta, desvão e
brecha

(1ª artimanha da língua, deslizes
de tinta a óleo e azulejos

espartilho —
a mostra:

fissura de dedos,

sem que escape a vertigem.

 

 

à espreita,

ardil —

o desejo, revés

de gestos, e lascívias


revira,

e volta


cortes de lança-

mãos.


(sobre lençóis d´água,

freático movimento:


margem alguma de desvio.




os dedos,

 

 

                    — deles,

pontiaguados arrepios

pré-
limiar e

atrevimentos


(em duelos OU
"campo de forças")


esbatendo  — o desejo



nuança de queda de
braços.

 

 

jogos de armar


entrega-me tuas mãos, a/começar pelos dedos.
para/ devorá-los  -  por inteiro e/  bem devagar.

com um elástico branco  -  circular,/ sem pontas, minhas mãos envol-
tas,/  já
depois os teus dedos, próximos/ nossa distância disposta em/  menor
contato.

minha única arma branca, flexível/distende e envolve, prende, a cada
novo/  gesto
outro, esticando posições em contraste:/ nosso amor mais verdadei-
ro, a olhos/ nus.


nosso território de/ disputas é reconhecido pelos/ olhos, nos olhos:/
meu campo de/ batalha é nosso campo de/ visão – dual, dissidente.


meu horizonte circular, insistência e/ obsessão — tu estás sempre ao/
fundo,
à vista de todos os/meus ângulos repetitivos, sem/um único ponto de
fuga.


cercando mãos-dedos, cada/ volta enlaço e linhas, arremato – entre/
nós
e invisíveis: eu,/ com uma ponta de lança, no meio e/ o círdulo de
vícios.


somos jogados a contrapelo/  pelo jogo – arremesso de mãos-dedos
de/ um lugar
a outro,/ só um fio de regras, elástico,/ moldando nossa s íntimas/
desigualdades.


como cortar o fio, / para dizer: - fim, se/ não há nem
começo d/ pontas, emaranhado de/  nódulos e limite!

 

 

*

 

 

VEJA e LEIA  outros poetas do CEARÁ em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/ceara/ceara.html

 

Página publicada em agosto de 2022


 

 

 
 
 
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